Em colaboração com Beth Hughes
Na era das novas tecnologias e multimédia, o papel do museu deve ir para além da sua condição hermética de arquivo. O novo museu deve adoptar um carácter mais heterogéneo e polivalente capaz de absorver as novas funções que lhe são atribuídas.
O programa da Casa da Música Húngara é organizado de forma clara em torno do átrio central – a câmara – um espaço performativo centrado sob um vazio que abre o edifício para o céu. As paredes laterais da câmara são amovíveis, o que permite que os restantes espaços do museu se possam relacionar com este átrio de acordo com as actividades que aí se desenrolam. Esta mutação constante transforma-se numa performance em si mesma acrescentando teatralidade e animação ao museu.
A câmara central (o átrio) funciona como o diafragma do edifício, contraindo e expandindo, de acordo com as necessidades do museu. O pavimento deste espaço central está dividido em três plataformas que podem deslizar para cima ou para baixo, ao longo deste espaço vazio, criando diferentes configurações espaciais e relações com o resto do edifício.
programa: museu arquitectura: João Fagulha, João Ruivo, Raquel Oliveira, Beth Hughes consultores sustentabilidade: i+i consulting – Isabel Silvestre, Ignacio Medina imagens 3D: Panoptikon cliente: The Museum of Fine Arts Budapest and The Városliget Zrt área: 8.100 m2 ano: 2014 localização: Budapeste, Hungria fase: concurso